Vou dar continuidade ás minhas ideias anteriores, mesmo sabendo que são capengas, frouxas e inconclusivas. Mas me ajudam a pensar. Vale antes de mais nada apontar que um dos pensadores citados por Boaventura de Souza Santos, guru de meu texto anterior, afirma que esta divisão em Estado, Mercado e Sociedade Civil é própria do modernismo, falha e falida. Quem tiver 20 minutos de sua vida para pensar, o vídeo abaixo é maravilhoso:
Bom. Hoje pretendo fazer uma coisa simples. Definir alguns termos e mostrar uma imagem, para aqueles que como eu gostam de ver coisas desenhadas para poder pensar e refletir. Em primeiro lugar precisamos estar de acordo sobre as ideias de regulação e emancipação. Ou seja, que em nossa sociedade há forças que agem para que as coisas continuem do mesmo jeito e outras que querem mudar, transformar e destruir criativamente.
Harmonia, progresso e desenvolvimento são palavras facilmente associáveis ao projeto do modernismo. Para que estes aspectos 'evoluíssem' em 'harmonia' na avenida das conquistas sociais é preciso equilíbrio entre regulação e emancipação e influências benignas e construtivas entre os aspectos que compõe cada um dos lados da figura prometida, abaixo:
Vale ressaltar que Boaventura não usa os termos acima, nem fala da relação indivíduo coletivo. Ele fala de lógicas e racionalidades, mas uma foto é uma foto, uma imagem é uma imagem. Dois lados, divididor por três, com duas ideias em cada um quadrante. Doze aspectos. Ótimo número.
Vale também deixar registrado que da mesma maneira que deveria haver influências entre os aspectos de baixo da linha e os de cima, deveria haver entre eles. O Estado deveria ajudar na regulação do mercado e a família e seus hábitos e rotinas idem. A racionalidade científica cada vez se mistura mais com a racionalidade estético expressiva e cada vez sofre mais influências da racionalidade do direito, da moral e da ética. E assim vamos.
Acho que por hoje é só. Ideias simples, à procura de discussão. A parte 3 já está no caldeirão e fala em especial da relação incestuosa entre Mercado e Estado, que acaba provocando o lento ruir dos pilares do modernismo.
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